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Últimos dias para inscrições nas Microbolsas Acesso à Internet da Agência Pública e Idec

Publicado em

03/02/2021 08h00

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Repórteres de todo o país têm até 5 de fevereiro para propor pautas sobre as desigualdades no acesso à internet no Brasil; serão quatro bolsas de R$ 7 mil

 

Faltam poucos dias para o fim das inscrições nas Microbolsas Acesso à Informação, tradicional concurso da Agência Pública que em sua 13ª edição, vai selecionar em parceria com o Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – as melhores pautas sobre acesso à internet no Brasil.

 

A internet está presente em 70% dos domicílios brasileiros, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019. Quando olhamos para os 30% sem acesso, percebemos uma profunda desigualdade: de 20 milhões de domicílios sem acesso à internet, 13 milhões estão na classe DE. A pesquisa aponta ainda que 59% dos domicílios sem acesso não estão conectados por conta do valor do serviço, considerado alto. Com a pandemia de Covid-19, passamos a utilizar ainda mais a internet para trabalhar, estudar, nos informar e nos comunicar, tornando ainda mais evidente a desigualdade no acesso.

 

É neste contexto que a Agência Pública e o Idec – organização sem fins lucrativos dedicada a defender a ética nas relações de consumo e direitos dos consumidores, lançaram as Microbolsas Acesso à Internet, que têm inscrições abertas até dia 5 de fevereiro (sexta-feira).

 

Nesta 13ª edição das Microbolsas repórteres de todo o país são convidados a propor pautas investigativas sobre acesso à internet no Brasil e as diversas questões relacionadas ao tema, como falta de acesso a dispositivos, franquias de dados limitadas e bloqueio do acesso móvel, falta de infraestrutura e de políticas públicas de acesso à internet, práticas abusivas e pouco transparentes de empresas de telecomunicação, aumento da desinformação, entre outras.

 

Serão distribuídas quatro bolsas no valor de R$ 7 mil para os repórteres selecionados pela Agência Pública e pelo Idec. As inscrições devem ser feitas pelo formulário que pode ser encontrado neste link. Além da bolsa, os repórteres selecionados contarão com a mentoria da Agência Pública para produzir a reportagem proposta, que será publicada no site da agência e parceiros republicadores.

 

“Com a pandemia, a essencialidade do acesso à internet mostrou toda a sua força, mas o cenário de conectividade no Brasil ainda é marcado por profundas desigualdades, que vão muito além do mundo digital. Com a iniciativa de bolsas de reportagens, buscamos compreender de forma mais profunda os impactos da desigualdade e, especialmente, como o modelo de mercado que temos atualmente favorece e até aprofunda esse problema”, explica Diogo Moyses, coordenador da área de telecomunicações e direitos digitais do Idec.

 

Para se inscrever, é necessário enviar uma breve apresentação do repórter, referência profissional, resumo e descrição da pauta, plano de trabalho e plano de orçamento para a produção da reportagem. As propostas serão selecionadas pela direção da Agência Pública em parceria com o Idec, considerando a originalidade e relevância da pauta, consistência na pré-apuração, segurança e viabilidade da investigação e os recursos e métodos jornalísticos que serão utilizados.

 

Os vencedores serão anunciados a partir do dia 18 de fevereiro no site da Agência Pública.

 

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Sobre a Agência Pública – A Agência Pública foi fundada em 2011 por jornalistas mulheres e tem como missão produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público, sobre as grandes questões do país do ponto de vista da população – visando o fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e a promoção dos direitos humanos. Em 2020, nossas reportagens foram reproduzidas por mais de 1100 veículos, sob a licença creative commons. A Agência Pública ganhou mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Vladimir Herzog, Prêmio República e Prêmio Gabriel García Marquez. Foi o primeiro veículo brasileiro indicado ao Prêmio Liberdade de Imprensa, da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). https://apublica.org/

 

Sobre o Idec – O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua para proteger e ampliar os direitos dos/as consumidores/as de forma independente de governos, partidos políticos e empresas. Nosso trabalho é mantido com recursos de projetos de fundações filantrópicas e por doações de pessoas físicas. Desde 1987 representamos consumidores/as de todo país na luta por relações de consumo mais justas, especialmente nas áreas de telecomunicações e direitos digitais, serviços financeiros, saúde, alimentação saudável, mobilidade urbana, e energia. Na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, pautamos o acesso à internet como um direito fundamental para a efetivação de outros direitos básicos e que ainda é exercido de maneira extremamente desigual no Brasil.

 

*Texto Divulgação