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Sigamos reinventando os pontos de contato

Publicado em

11/01/2021 08h23

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Como será 2021? Depois de um ano de tantos desafios, essa é provavelmente a pergunta que paira sobre os profissionais e agências de comunicação, neste momento. Acredito sinceramente que será melhor que 2020, não apenas pela síndrome de Poliana que costuma me acompanhar no modo como vejo e reajo ao mundo, mas, principalmente, pela capacidade que temos tido de adotar a reinvenção como caminho até aqui.

 

Fomos resilientes e sensíveis ao contexto, e o que aprendemos no ano que se encerra, muito provavelmente, irá nos acompanhar em 2021. O que enxergo, então, para os próximos meses são empresas mais atentas aos públicos de interesse e aos investimentos – mesmo que adaptados a realidades econômicas ainda adversas -, em comunicação, justamente para falarem com propriedade, transparência e de maneira sistemática com esses públicos.

 

Foi na comunicação que muitas organizações encontraram o caminho para lidar com a crise provocada pela pandemia. E foi nos profissionais, escritórios, assessorias e agências que muitas delas receberam as orientações necessárias para implantarem ou fortalecerem as possibilidades de se relacionar com as pessoas, tratar dos novos problemas e diferentes formatos de prestação de serviço (vários deles atrelados ao ambiente digital). A comunicação conectou as pessoas às marcas, mesmo que à distância, e evidenciou o quão importante é o caminho que reinventa os pontos de contato e o conteúdo das mensagens de maneira responsável.

 

Este lugar de ajustamento ou reinvenção nos possibilitou exercer a estratégia e praticar mais vezes a consultoria. Ocupamos o papel que verdadeiramente nos cabe: o de curadores e estrategistas; e vimos clientes se utilizarem realmente da nossa capacidade de analisar cenários, para tomar decisões e, entre outras tantas questões, selecionar assertivamente os canais de comunicação.

 

Toda esta constatação pede de nós, profissionais de comunicação, que continuemos conectados aos clientes, e os clientes aos seus públicos de interesse. É na proximidade que entenderemos as dores uns dos outros, revisaremos possibilidades e praticaremos a empatia, construindo um ano realmente novo, a partir do muito que aprendemos.

 

 

Paulo Junior

Jornalista, mestre em comunicação estratégica, professor universitário e diretor da Caramelo Comunicação