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Metaverso: um espelho do mundo físico

Publicado em

02/05/2022 09h53

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Depois que Mark Zuckerberg anunciou que o Facebook passaria a chamar Meta ficou ainda mais claro como esse conceito vem a cada dia ganhando fôlego no mundo real. Prova disso, é que várias empresas começaram a se interessar pelo tema.

Mais que uma mega tendência, já dominada pelo mundo dos games e pelas companhias de tecnologia, trata-se de um próximo passo na evolução da internet com a chamada Web 3.0. Nesta etapa, será possível uma grande simplificação dos sistemas operacionais no armazenamento dos dados em “nuvem”, com uma maior facilidade de acesso à internet de qualquer lugar do mundo por todos.

 

Alguns especialistas definem o metaverso como “um espelho da realidade física no mundo virtual”, ou ainda uma nova camada imersiva da realidade que une os dois universos. A tecnologia para esse mergulho ainda vem sendo desenvolvida. 

 

E com a ajuda dela, as pessoas poderão se reunir em universos digitais online para se divertir (como acontece com os games), trabalhar, estudar, interagir, usar redes sociais e consumir produtos, ou seja, que não serão meros observadores, mas farão parte deste universo virtual.

Quando consolidado, o metaverso poderá realmente ser algo revolucionário e inovador quando pensamos em acesso e disseminação de informações, especialmente quando pensamos em áreas pilares de desenvolvimento como educação e saúde. 

 

O termo metaverso, no entanto, não é tão novo, apesar da popularidade atual. Assim como as tecnologias envolvidas no conceito como realidade virtual, realidade aumentada e computação 3D. 

 

Em seu livro “Snow Crash”, publicado em 1992, o escritor Neal Stephenson conta a história de “Hiro Protagonist”, personagem que na “vida real” é um entregador de pizza, mas no mundo virtual – chamado na história de metaverso – é um samurai. 


No mundo real, muitas marcas já se deram conta do peso que esses espaços vão ter na publicidade de forma geral e começaram a fazer testes no metaverso. Caso da grife americana Ralph Lauren que disponibiliza suas peças de vestuário no metaverso para que sejam “provadas” antes de serem compradas nas lojas físicas.

A Microsoft, por sua vez,  lançou no mercado, no início de 2021, o Mesh. Trata-se de uma plataforma que permite a realização de reuniões com hologramas. A gigante da tecnologia também desenvolveu avatares 3D para o Teams, sua ferramenta de comunicação. Já a Nike criou a Nikeland, uma plataforma dentro do game Roblox, e também adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda.

Mesmo que embrionário, o conceito do metaverso já movimenta bilhões de dólares. De acordo com estudo realizado pela Bloomberg Intelligence Unit., até 2024, este mercado deverá render 800 bilhões de dólares. Já a gestora Grayscale faz uma previsão mais otimista, e diz que o metaverso é um mercado com potencial para gerar US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) em receita anual.

Independente de algumas previsões, a expectativa é que nos próximos anos, o metaverso esteja muito mais desenvolvido. Há uma estimativa que até 2030, as gerações digitais (gerações Z e Alpha) vão representar 50% do total de consumidores ativos, o que consiste em um estímulo ainda maior para que os mundos virtual e físico possam ter uma integração cada vez mais sólida para os usuários. Quem viver, verá!