Responsabilidade

Fashion Revolution lança campanha para debate de moda consciente

Publicado em

17/04/2021 08h30

Compartilhe
  • Whatsapp
  • Linkedin

Com o tema Direitos, Relacionamentos e Revolução, a campanha propõe debate para construção de soluções inovadoras e interconectadas na moda 

Entre os dias 19 e 25 de abril acontece a Semana Fashion Revolution 2021, em formato digital e gratuita. O evento acontece anualmente em torno do dia 24 de abril em mais de 100 países para relembrar as vítimas do desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, que deixou milhares de trabalhadores mortos e feridos. A iniciativa busca formas de garantir dignidade para os trabalhadores que fazem nossas roupas e mobilizar a sociedade por uma indústria da moda que considere as pessoas e o planeta.

A temática desta edição é Direitos, Relacionamentos e Revolução. Com a mensagem de que é preciso revolucionar a forma de se relacionar, tanto na esfera individual, como na coletiva, considerando todas as pessoas da cadeia produtiva da moda e a natureza, para então alcançar a saúde, o bem-estar e a prosperidade para todas as pessoas e para o Planeta.

O Fashion Revolution propõe mobilizar redes para além da comunidade já existente, amplificar vozes não ouvidas ou marginalizadas, e trabalhar juntos por soluções inovadoras e interconectadas. “Moda é potência, é cultura, queremos que todos sintam-se parte deste movimento por uma moda plural, conectada com a realidade do planeta e que seja boa para todos”, diz Fernanda Simon, diretora executiva do Instituto Fashion Revolution Brasil.

Campanha #QuemFezMinhasRoupas

A campanha, que há anos incentiva o questionamento através da hashtag #QuemFezMinhasRoupas, pretende trazer as pessoas que fazem as roupas para maior protagonismo, e assim incentivar responsabilidade e transparência por parte das marcas. Este ano, foi reforçada a importância de um olhar na perspectiva de gênero e raça.

O Brasil é o quarto maior produtor de roupas do mundo, gerando 8 milhões de empregos diretos e indiretos – 75% da mão de obra é composta de mulheres (ABIT). No Brasil, entre 2016 e 2018, a cada cinco trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão, quatro eram negros (Reporter Brasil via SIT). Trabalhadores e trabalhadoras da moda ainda não têm seus direitos fundamentais garantidos, estão com cada vez mais trabalhos informais e terceirizados, e com a pandemia suas condições tornaram-se mais precárias e fragmentadas. Ademais, a indústria da moda é uma das maiores poluidoras do mundo, impactando a biodiversidade, o solo, a água e a vida de comunidades.

Dentro de casa as pessoas podem participar engajando através das hashtags #QuemFezMinhasRoupas e #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas. A ação consiste em pegar uma peça de roupa, postar mostrando a etiqueta e marcando a fabricante nas redes sociais com o questionamento por meio das hashtags mencionadas.

Programação 

A Semana Fashion Revolution é horizontal, colaborativa e aberta, estão sendo articuladas ações online por 65 representantes, 65 estudantes e 22 docentes embaixadores voluntários em parceria com atores da cena local.

Dentre os destaques da programação estão a abertura da Semana Fashion Revolution, que acontecerá dia 19 de abril às 14h30 com transmissão ao vivo pelo Youtube do Fashion Revolution Brasil. Também acontecerá a primeira Exposição Colaborativa de Cultura de Moda Brasileira, que tem como objetivo reunir aspectos da cultura de moda brasileira nas perspectivas regionais a partir de olhares individuais, provocando uma percepção descolonizada e diversa.

Em Fortaleza a programação será conduzida pelos representantes locais e estudantes e docentes embaixadores, que representam as universidades parceiras. Cada instituição tem suas programações e ações organizadas por suas equipes. Entre os destaques deste ano estão a participação da doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Magda Maia,  com um vídeo no Instagram sobre Revolução Sistêmica e Economia Circular. Um drive-thru de roupas e acessórios, durante toda semana, no estacionamento da reitoria da Unifor. Live com o vereador Gabriel Aguiar e com a especialista em Direito Ambiental e Urbanístico e mestranda em Políticas Públicas em Oxford, Beatriz Azevedo, sobre as políticas públicas existentes na cidade de Fortaleza. Além dessas realizações, oficinas, bate-papos e muitas outras atrações vão movimentar essa semana de conscientização e revolução.

Sobre o Fashion Revolution 

O movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, que causou a morte de mais de mil trabalhadores da indústria de confecção e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia aconteceu no dia 24 de abril de 2013, e as vítimas trabalhavam para marcas globais, em condições análogas à escravidão.

A campanha #QuemFezMinhasRoupas surgiu para aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto no mundo, em todas as fases do processo de produção e consumo. Realizado inicialmente no dia 24 de abril, o Fashion Revolution Day ganhou força e tornou-se a Semana Fashion Revolution, que conta com atividades promovidas por núcleos voluntários, em mais de 100 países.

No Brasil, o movimento atua há 7 anos e hoje está estabelecido como Instituto Fashion Revolution Brasil. Durante a Semana Fashion Revolution, e ao longo do ano, realiza ações e projetos que promovem mudanças de mentalidade e comportamento em consumidores, empresas e profissionais da moda.

SERVIÇOS

Dandara Valadares

Assessoria de imprensa

Email: fashionrevolution.br@gmail.com

Fonte: Assessoria de Imprensa