Entrevistas

Entrevista com Diego Gregorio, Jornalista e Criador de Conteúdo Digital

Publicado em

21/01/2021 14h00

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Diego Gregório estudou marketing e jornalismo e atua como Consultor Criativo para Negócios. Cria conteúdo digital em suas redes sociais, escreve para o blog Homem Etc do O Povo e para a Revista VemTambém. É autor do livro “Coisas que você mesmo poderia ter dito”

 

1. Na sua carreira da comunicação, quais foram as principais experiências que marcaram sua trajetória profissional?

Houveram muitos momentos que marcaram meu caminho até agora e tenho certeza que ainda haverão muitos outros. Não posso deixar de falar no Kukuaya, onde comecei como designer gráfico, criando layouts, Outdoors e fazendo rede social bem no início de tudo. Muito tempo depois, quando montei toda uma avenida em Aracati, com varias pessoas para entrarem ao vivo no programa ‘É de Casa’, foi uma ocasião bem desafiante (o programa passa pela manhã, mas o evento só acontecia a noite). Ter assessorado um show do mestre Dominguinhos também foi bem marcante. E dos Raimundos! A primeira vez que fui aos estúdios da Rede Globo também foi um experiência muito valiosa. Os momentos que passei na comunicação do Centro Cultural Bom Jardim CCBJ me ensinaram muito. Cada desafio e cada conquista ficam no coração.

 

2. Você possui dez anos no mercado com passagens pelo Governo do Estado, Terceiro Setor, Empresas locais e nacionais. Quais os desafios encontrados em sua carreira?

Cada dia é único e cada cliente tem algo desafiador, mas o principal desafio no meu trabalho é alinhar o que eu penso e acredito ao que o cliente pensa e acredita. Quando isso não acontece, não há fluidez e o trabalho não acontece.

 

3. Entre suas áreas de atuação, está Assessoria de Imprensa. Qual é a melhor forma de firmar uma boa relação, enquanto assessor, com a imprensa e os clientes?

Eu ainda acredito que boas notícias devem ser compartilhadas. Que sinceridade, uma boa conversa e uma excelente história merecem uma pauta. Lembro que uma vez agradeci uma editora pelo espaço e ela disse: “eu quem agradeço pela sugestão, foi lindo contar essa história.” Eu fiquei realmente emocionado.

 

4. Você tem experiência com trabalhos locais e nacionais, existe uma diferença significativa do mercado cearense para o de outras regiões?

Existem coisas boas e dificuldades nos dois mercados. Nós somos incríveis, pois compartilhamos contatos, dividimos pautas, estamos sempre dispostos a ajudar o outro. No mercado nacional, principalmente em São Paulo e no Rio, é difícil até passar um e-mail se você não for muito amigo da pessoa em questão. Em compensação, há muita liberdade para o jornalista pautar, há muito interesse no que a personagem fez/faz sem importar muito quem ela é.

 

5. Quais conquistas e cases de sucesso marcaram essa carreira?

Destaco principalmente o período de lockdown, que foi muito novo e muito assustador para todos. Na primeira semana, perdi contrato com três cantores e um restaurante. Fiquei bastante preocupado, pois ocasionou um déficit no meu orçamento. Lembro bem que sentei no sofá e fui pensar no quão poderosa a comunicação é pra mim e como ela poderia evoluir e mudar para ser insubstituível nesse momento. Criei uma fórmula e usei com meus clientes onde a comunicação estava ligada a arte e a solidariedade. Felizmente funcionou muito bem, houveram progressos e logo consegui me reinventar em meio a crise. Dei palestras pra outros estados, comandei um programa de lives, fui publicado em uma coletânea e investi em oferecer consultoria criativa. Sem dúvida esse periodo muito triste foi também de muita aprendizagem.

 

6. Como você avalia o cenário atual da Assessoria de Imprensa local?

Acho que existem várias assessorias grandes muito boas, com clientes igualmente grandes como também assessores individuais com boas histórias para contar. Nosso mercado tem ótimos profissionais, não é?

 

7. Recentemente você divulgou a publicação do seu primeiro livro, conta pra gente sobre esse trabalho?

Escrever é o que me salva a vida. O “Coisas que você mesmo poderia ter dito” é um livro de poesias sobre o cotidiano do amor, chegadas, partidas e permanências. O leitor vai se encontrar em algum lugar nos textos, seja como protagonista ou como voyeur. É uma grande realização, mas há muito medo também, porque sei que poesia é um gênero muito difícil, principalmente em 2021, mas é o que eu preciso fazer.