Movimentos do mercado

Dia do Orgulho LGBTQIA+: Pesquisas e dados sobre o público

Publicado em

28/06/2021 10h59

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Nos últimos anos, propagandas estreladas pelo público LGBTQIA+ se multiplicaram. Mas será que as empresas e marcas estão fazendo certo?

Um bom começo para qualquer iniciativa é alinhar sua comunicação às práticas internas da organização. Pergunte-se: minha empresa tem propriedade para falar do assunto? Essa diversidade toda que a gente diz que valoriza é representada também internamente? Respostas negativas a qualquer uma dessas perguntas são indícios de bons desafios pela frente.

O fato é que já podemos considerar esse movimento do mercado algo bastante importante para a visibilidade da população LGBTQIA+ na comunicação das grandes marcas brasileiras, pois um posicionamento que respeita a diversidade como um todo deveria ser obrigação de qualquer empresa, mesmo que para tratar deste assunto com legitimidade, envolva a busca de determinadas simetrias com o seu público e com os valores da sua marca. Ou seja, falar sobre o tema é importante, mas encontrar o tom correto, a sua maneira de falar sobre ele, é ainda mais.

Uma pesquisa monitorada de janeiro a 20 de junho e recentemente divulgada pela Knewin, mostra o quanto a imprensa brasileira tem pautado e quais maneiras tem mencionado o público LGBTQIA +. Por exemplo, a pauta sobre o tema tem se mantido presente nas redações de todo o país, só neste primeiro semestre foram 9.445 vezes em que o assunto se tornou pauta principal.

O termo LGBTFOBIA vem ganhando forças nas redações brasileiras. Apesar da expressão ser um pouco mais recente, as menções a esse termo já somam a 6.925 inclusões dentro das matérias jornalísticas pelo país. Dentre os termos analisados, “homofobia” é o mais popular. Apenas em 2019, foram mais de 70 mil matérias publicadas sobre o tema.

Ter um compromisso genuíno com esse tema no ambiente de trabalho pode ser tão importante para a imagem das empresas quanto lançar produtos destinados ao público LGBTQIA+. Uma pesquisa feita pela plataforma Twitter em parceria com a MindMiners revelou que três em cada quatro pessoas que afirmaram fazer parte dessa comunidade sentem-se mais positivas em relação às marcas que se alinham a eventos como a Parada do Orgulho LGBT. Elas disseram ainda que as empresas devem incluir pessoas LGBTQIA+ no desenvolvimento e marketing de produtos.

Sessenta e oito por cento dessas pessoas afirmaram que a apresentação de histórias e pessoas reais na publicidade é uma forma mais interessante de marcas abordarem a questão da inclusão e representatividade de gênero. Marcas que apoiam e instituições de caridade para a comunidade LGBTQIA+ foram citadas positivamente por 67%.

O importante é compreender que a inclusão de todos os grupos aparece como um primeiro passo na busca por visibilidade para as suas existências. Assim, incluir cada letra dentro da realidade das campanhas publicitárias, do jornalismo noticioso e da missão das empresas, passa a ser parte significativa do processo para gerar visibilidade, reconhecimento e respeito a esse público.

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