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Conheça as tendências do marketing de influência para 2021

Publicado em

12/01/2021 08h30

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Relatório da FleishmanHillard projeta que os orçamentos em marketing para a área aumentarão neste ano

 

O marketing de influência no Brasil deverá alcançar R$ 10 bilhões em 2021. Cada vez mais as marcas estão entendendo o potencial de se trabalhar com influenciadores, fazendo com que o chamado marketing de influência represente uma grande parte das estratégias das companhias. De acordo com um relatório da FleishmanHillard, os orçamentos em marketing de influência aumentarão este ano, isso porque o público está mais cauteloso em quem confiar (marcas, imprensa, figuras públicas) e com esse cenário, os produtores de conteúdos são mais confiáveis e ganham relevância. Para entender um pouco melhor como será este mercado em 2021, o estudo da FleishmanHillard levantou algumas tendências globais.

 

Um dos insights do relatório diz respeito às notícias, que, cada vez mais, estão integradas, tanto em relação às plataformas, quanto em relação aos emissores. Isso acontece porque, hoje, o que constitui “notícia” é, na verdade, uma mistura de jornalismo, informação, opinião e conteúdo. Com isso, a “notícia” não vem apenas de jornalistas, mas de outros tipos de influenciadores. Apesar disso, a pesquisa alerta que por serem tão confiáveis, os influenciadores podem, às vezes, ajudar a alimentar a disseminação de imprecisões, causando desinformações.

 

Um estudo da Harvard Business Review descobriu que, desde 2017, a lacuna entre as atitudes favoráveis e não favoráveis em relação ao conteúdo patrocinado foi fechada. Com isso, o report da FleishmanHillard ressalta que conteúdo patrocinado não espanta seguidores e nem diminui o engajamento. Dessa forma, em 2021 o público continuará se engajando e confiando no conteúdo patrocinado tanto quanto orgânico e as marcas poderão ficar menos nervosas em relação a isso.


Com mais tempo em casa por conta da pandemia da Covid-19, os criadores de conteúdo ajustaram suas postagens para categorias de interesse do público durante esse período, como condicionamento físico, alimentação, hobbies ou conselhos. Além disso, os influenciadores tornaram-se mais criativos na forma de produzir conteúdo. Dessa forma, os anunciantes descobriram que os influenciadores podem ser particularmente úteis durante uma época em que as filmagens comerciais em grande escala foram suspensas. O estudo prevê que, em 2021, as marcas continuarão a trabalhar com influenciadores como um recurso de geração de conteúdo, mas precisarão exercitar a criatividade para manter esses formatos novos e envolventes.

 

Os Microinfluenciadores têm números de alcance menores de 10 mil a 50 mil, mas taxas de engajamento mais de 40% maiores do que suas contrapartes de nível macro (500 mil a 1 milhão), visto que senso de comunidade e segurança nas opiniões apresentadas são potencialmente mais eficazes. Microinfluenciadores são considerados por fornecerem grande valor às marcas com sua capacidade de acessar micro comunidades bem definidas. E os comentários em suas postagens patrocinadas ou promocionais também tendem a ser mais sobre a marca.

 

As mídias sociais estão em estágio inicial de transformação de um lugar de individualismo para um lugar do coletivismo. Isso está criando atitudes do consumidor que alterarão o que e como as pessoas consomem e compartilham conteúdo, segundo o relatório. Mais de um terço dos consumidores disseram ter seguido um grupo mais diverso de influenciadores do que antes dos protestos #BlackLivesMatter, de acordo com um report da FH global. Para desenvolver um elenco de influenciadores cada vez mais diversificado, as marcas precisarão demonstrar um compromisso interno e externo à diversidade e inclusão.

 

Embora os influenciadores possam ajudar a gerar consideração e compra para o e-commerce com o “arraste para cima”, em 2021, players como Google e Walmart anunciaram planos de investir em conteúdo de vídeo comprável compartilhado por influenciadores no YouTube e TikTok. Reunindo confiança, conveniência e comércio social, as postagens se tornarão uma parte importante das compras do consumidor neste ano.