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Afinal, o que é Inovação Aberta?

Publicado em

02/05/2022 09h30

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Um Report recente do The Economist mostra que nos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra 95% das organizações adotam a Inovação Aberta. Mas que diabos é isso de Inovação Aberta?

 

Só para contextualizar, o termo em inglês é Open Innovation. Mas como todo bom brazuca que somos, preferimos chamar de Inovação Aberta. Assim adotamos um termo realmente democrático, e não uma “barreira” à aproximação a essa ideia. Então, tendo dito esse blá blá blá inicial todo, vamos ao que interessa.

Inovação Aberta não é fechada!

Hahahah!

Meio óbvio né?

Só que não!

Acontece que ainda temos muito uma cultura corporativa de P&D (pesquisa e desenvolvimento): um setor bastante comum em diversas empresas que pesquisam e desenvolvem produtos, serviços, tecnologias, soluções, mercados etc. Acontece que essa cultura de P&D pensa o seguinte:

“Nós somos da Empresa X, uma grande empresa, e por isso contratamos os melhores profissionais, e é exatamente por esse motivo que temos as melhores ideias.”

Pééééé!!! Errou!!!

Essa visão fechada faz muito menos pela inovação que a visão aberta. Toda cultura que não tem trocas, acaba ficando obsoleta, engessada, com visão mais míope e com as pessoas de dentro da empresa pensando cada vez mais do mesmo jeito.

Aí é que entra a ideia de Inovação Aberta.

A tão linda e poderosa Empresa X agora baixa um pouco a bolinha e reconhece que: sem pluralidade de ideias, sem diversidade de pessoas, sem conexão com o mercado, sem contato com universidades, instituições, startups, aceleradoras, hubs, etc… não há solo fértil para a inovação.

Então os setores que se chamavam de P&D, agora derrubam suas paredes e passam a interagir de maneira aberta e conectada (internamente e externamente), buscando plugar-se ao ecossistema de onde são ventiladas muito mais ideias, conceitos e insights.

Aí esse negócio não tem mais um “setor”, mas sim uma cultura de inovação aberta.

E isso muda todo o jogo!

Se sua empresa ainda tem uma visão fechada, é preciso quebrar esse gesso que se formou nas pernas de seu negócio. De início os “cambitos” vão estar bem fininho, quase não vai suportar o peso do corpo. É normal. A perna da inovação atrofiou e precisa de um tempo para restaurar a musculatura.

Mas depois seu negócio abandona as muletas e entra para a pista de verdade, onde muita, muita, muuuuuita ideia nova tá rolando e você tá deixando passar.

Um Report recente do The Economist mostra que nos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra 95% das organizações adotaram essa cultura aberta à inovação. Sendo que desses, 54% aplicam em todos ou quase todos os projetos.

A pergunta que fica é:

Eles fazem isso porque tem cultura avançada, ou tem cultura avançada porque fazem isso?

Aí é você que pensa e nos responde. 🙂

Mas não fica pensando muito não.

Arregaça aí as mangas e bora quebrar esse gesso!

 

Neste espaço, quinzenalmente e sempre às segundas-feiras, Céu Studart e Thiago Baldu da Desencaixa Inova trarão reflexões, inquietações e orientações sobre futurismo e adaptabilidade.

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Céu Studart
Consultora de Marketing e Branding e Fundadora da Desencaixa Branding
Céu Studart é proprietária da Desencaixa Brading, onde realiza consultoria estratégica para marcas de vários segmentos e treinamentos. É estrategista de branding com mais de 20 anos de experiência no mercado. Foi embaixadora do Rock in Rio Academy by HSM (2019) e mentora do Founder Institute – Nordeste Virtual (2021), uma incubadora de negócios americana, fundada em Palo Alto, Califórnia (EUA). É publicitária. Especialista em Marketing (FGV) e Mestre em Marketing (UFC). Além da Desencaixa Branding, é também docente da graduação e pós-graduação, com mais de 17 anos de experiência, em cursos de graduação e pós-graduação, já tendo capacitado mais de 6000 profissionais.